SÃO AS CAMADAS DO DESIGNER?

Meyer, G. A Experimentação como Espaço Ambivalente de Antecipação e Proposição de Controvérsias. Revista Estudos em Design. Rio de Janeiro: v.26/n.1, p. 29–47. 2018.

Iniciando a disciplina, a proposta de criar os protótipos referentes aos textos me deixou previamente ansiosa, por ser um assunto que estudei, que me formei, por entender a ideia central de uma experimentação fui muito conectada à linguagem do texto. Por conta de tudo isso, a leitura do texto me fez refletir acerca do papel de um designer e até mesmo me fez questionar o meu próprio entendimento sobre a profissão e tudo que carrego na minha bagagem de estudos. Ainda que dito como um ambiente livre participante da indústria criativa, fica claro para mim durante a leitura, a necessidade que o ser humano tem, de naturalmente "dar nome aos bois" e encaixotar os conceitos em espaços que pré determinam o entendimento das pessoas.

Por mais que falemos sobre a abertura do design sempre tentamos nos agarrar a nomes, conceitos, formas e exemplos...

É só parar para pensar...

O quanto tentamos detalhar as coisas para nos fazermos entender?

A ideia do protótipo era demonstrar as reflexões e as diferentes camadas do designer e de um processo de design. A intenção era desencaixotar os conceitos e mostrar que entre eles, sobre eles, dentro deles, diferentes coisas o constituem. As coisas não encaixam, são uma mistura de elementos, coisas distintas e diferentes que ocupam o mesmo espaço, e isso é design, não deveríamos precisar saber claramente o que são. No processo de montagem do protótipo foi-se mudando o significado do artefato, pois percebendo que estava criando caixas para exemplificar essa crítica ao encaixotamento de elementos para que se crie um conceito que o represente, fui cortando as bordas das caixas e unindo elas a partir de diversos elementos e cores para que a partir do próprio convite à experimentação, a turma, eu e os professores, pudéssemos criar de forma livre o NOSSO processo pessoal do design!