Protótipo A

Foi proposta a prototipagem de uma atmosfera propícia à interação. O uso de lanternas e papéis coloridos transparentes (filtros para a luz) permitiriam a criação de sombras, que poderiam ser um convite à brincadeira corporal e à interação com a própria imagem projetada. A possibilidade de escrever nas paredes de quadro branco da universidade e a disponibilidade de canetinhas abriria a possibilidade de mais um nível de interação: a interação gráfica com as sombras projetadas.

O protótipo argumenta que a experimentação ocorre por meio da interação entre corpos, sujeitos, ambiente e objetos. A experimentação só é possível a partir do engajamento corporal na criação, em articulação com o contexto existente.

Assim, haveria um sistema formado por sujeito-lanterna, sujeito-sombra, sujeito-caneta e ambiente. Dessa forma, a imagem da sombra projetada na parede não depende apenas da pessoa que se movimenta livremente pelo espaço, mas também da pessoa com a lanterna, que pode afastar, aproximar ou mudar a direção da fonte de luz, de forma a distorcer a sombra ou ainda, aplicar filtros de cor na luz; da pessoa com a caneta, que interage com as sombras pelo desenho; e por fim, do ambiente(tamanho das paredes, paredes desenháveis, texturas, outros objetos que fazem sombra etc).

Porém, ao apresentar o protótipo, ficou claro que ele carrega um alto grau de indução e as possibilidades de interação são restritas. Algumas pessoas desenharam os corpos projetados nas sombras, outras desenharam figuras que imaginavam a partir das sombras, outras apenas brincaram com o papel colorido e outras ainda, não participaram da proposta.

Outra conclusão a partir da apresentação foi a de que o vídeo que levei sobre o processo de desenvolvimento do protótipo poderia ser entendido como um outro protótipo. Nele, as interações são distintas, já que estou sozinha e em outro ambiente, com outros objetos e estímulos.

Vídeo do processo

Colegas interagindo com a atmosfera proposta