Protótipo 1 - Experimental Design Atmosphere

Alice Osório Dorneles

Como a atmosfera terrestre, a qual não pode ser vista mas que se faz sempre presente, lá ou aqui, e de maneira corriqueira é sentida nas mais simples atividades do nosso dia a dia, ocupando-se com funções básicas porém imprescindíveis para a vida, as atmosferas experimentais acontecem. É no instante onde a maçã cai da árvore, no momento em que a temperatura muda ou no que as nuvens se formam que a atmosfera flui como um sopro. E a partir disso as ações acontecem sem roteiro ou aviso prévio, existindo apenas para aqueles que se fazem presentes. 

Cruzando as fronteiras do mundo físico, as atmosferas moldam-se diante de seu observador e sua visão, olfato, paladar, audição e tato. Mesmo que exista uma tentativa de se planejar, ao embarcar-se nessa jornada os sentidos ficam à mercê do instante, do observador e do ambiente, dos quais reações nunca pensadas podem vir a surgir, como se ali estivessem espaços em branco esperando para serem preenchidos. 

Não se pode reduzir a atmosfera a um único elemento, deve-se buscar entender as interações entre todos atores para que possamos iniciar uma discussão. 

Ao desenvolver o protótipo buscou-se limitar-se aos materiais disponíveis no ambiente (casa) para que se pudesse representar a atmosfera vivida pela autora em seu dia a dia dentro deste ambiente, disponibilizando diversificadas maneiras para que o observador pudesse explorar em quase todos os seus sentidos - visão, olfato e tato. E a partir disso se pudesse investigar a própria atmosfera do ambiente representado.

O observador: