Ontologicamente falando

Confesso que "ontologia" é uma palavra que me foi apresentada pela primeira vez durante a leitura desse segundo texto. Portanto, a exploração da vez não se deu apenas através da leitura do mesmo, mas sim de uma pesquisa ativa paralela em busca do significado da palavra. O Dr. Google nos diz que, na metafísica, a ontologia é o estudo filosófico do ser, bem como de conceitos relacionados, como existência, devir e realidade, e eu gostei muito disso. A partir daí o texto, mesmo que recém iniciado, já tomou uma forma e sentido diferentes do que eu estava esperando.

De forma direta, o texto fala das diversas camadas internas do designer e de como elas implicam nos processos e resultados de seus projetos. Engraçado foi que meu primeiro impulso foi pensar em um elemento bastante simples e que, à primeira vista, já ilustrava por sua natureza o texto... uma cebola. Cebolas são constituídas de camadas, o que já dá uma noção de profundidade e de divisões, porém são poucas as diferenças entre elas. Eu queria algo que ilustrasse diferentes percepções de sentimentos e ações em suas camadas, tal qual o efeito provocado por um degradê de cores, e então o estalo veio: esse protótipo precisaria ser construído fora do ambiente digital e feito de elementos que carregassem a intensidade das cores.

Fiz questão de trabalhar com degradê porque, à meu ver, isso ajudou a dar a noção de metamorfose de um nível ao outro. Quis transformar todas essas camadas em uma esfera de modo que não ficasse óbvio que elas fossem partes separadas. A provocação se daria justamente a partir da interação com o objeto e o descobrimento de suas camadas, que a partir daí poderiam ser ressignificadas, reorganizadas e reapresentadas, apresentando então o entendimento completo do que a ontologia nos traz como conhecimento geral daquilo que se é.