O Tempo é Agora
- samueldsm4
- 18 de set. de 2021
- 2 min de leitura

O tempo é movimento circular. Pensar ontologicamente é se derrapar com a fluidez do tempo, onde, assim como nossas digitais, nunca será igual aos indivíduos. Trazendo para o design, podemos refletir o/no tempo em uma trajetória em direção ao passado, nas natividades da relação homem (usuário) e seus fazeres.
Regras, prazos, início, meio e fim do dia...tempos e fazeres, contado por um artefato com números e hastes de horas (menor das hastes), minutos (o maior das hastes) e segundos (mais fino entre as hastes). Design ontológico, está em movimento constante, envolve-se com um design que projeta e é projetado de volta, que afeta e é afetado, ou seja, que está no tempo, que “está no mundo”.
Design ontológico, colabora - (co-labora) -, ou seja, ele labora no “co-“, no com. Para isso, o entendimento para a fuga das automatizações precisa ser incentivada. Sair da introspecção do tempo delimitado, da obrigação do começar e terminar algo, das individualidades, de modelos pautados na pressa do ter, esquecendo ou desprezando o ser.
O designer, dentro da antologia, deve sair do antagonismo de ser o detentor de especializações soberanas e também deve deixar o protagonismo dos fazeres. O designer hoje, acredito, está no tempo em que o protagonismo é revirado, sair do centro e ir em direção ao meio, deixar, os antes figurantes, fazerem parte da cena principal.
Aqui, apresenta-se uma tentativa de pensar o tempo na perspectiva ontológica. Deixar ser afetado por aquilo que afetamos, sair da “correta” configuração de contagem do tempo, circular em relação a está no mundo e se permitir a modelos que promovam conquistas coletivizadas, ou mesmo fugir/refutar modelos. Podemos fazer isso, já estamos fazendo, pois o tempo é agora.
Protótipo construído por Samuel Miranda, a partir do texto: Willis, A.-M. (2006). Ontological Designing: laying the ground. Design Philosophy Papers, 4 VN-re (2), 80-98.
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