Meu infinito particular

O protótipo iniciado na relação com o tema da atmosfera no design, ganhou, aqui, continuidade para tratar do design ontológico. Passou a referir à explicitação das camadas que compõem nossos mundos. Ou melhor, meu mundo.

Mais uma vez, meu mundo particular é usado como ambiente de exploração e são acrescentados, além de novos elementos, novas possibilidades combinatórias, potencialmente infinitas, como áreas de informação e sensibilização que se cruzam entre citações, memórias, afetos, novidades… Para além dos elementos imantados presentes na fase anterior, este protótipo passa a conseguir portar e expor, também, pequenos elementos planos em papel, como fotos de família, cartões, gravuras, postais… Fragmentos de citações também passam a “tatuar" as faces internas da estrutura orbital, compondo uma narrativa não-linear que fala em autoria, em estar bem acompanhado, em cuidar, temas importantes para mim, relacionados ao meu ambiente criativo/produtivo/de pesquisa. O acervo e a base que o expõe expandem, assim, suas possibilidades de cruzamento e explicitação.

Se o Design Ontológico fala sobre a criação de mundos, o formato esférico-orbital da estrutura do protótipo reforça esta percepção. O caráter personalíssimo dos elementos que formam as coleções revela que, neste mundo, tanto o afeto quanto a intimidade são de vital importância. A criatividade também marca presença, trançada a partir dessa predominância de afeto e de proximidade.