LITTLE BOY
- fernandasky6
- 20 de set. de 2021
- 2 min de leitura
Atualizado: 23 de set. de 2021
Protótipo C inspirado no artigo/relato de Roy Scranton, Learning How to Die in the Anthropocene.
O texto Learning how to die in the Anthropocene é capaz de provocar o efeito de um soco no estômago e três tapas na cara no leitor. O relato autoetnográfico de Roy Scranton nos coloca dentro do grande dilema atual que é aceitar que estamos lidando com os modos em uma época impossível (MEYER, 2020).
Segundo Scranton, as civilizações marcharam cegamente rumo ao desastre porque os humanos são condicionados à acreditar que o amanhã será sempre como o hoje.
Ao relatar detalhes de sua experiência como soldado americano em solo iraquiano após a invasão americana neste país em 2003, ele nos insere dentro de um cenário catastrófico e apocalíptico característico das guerras militares.
A construção do protótipo C foi sendo motivada pelas sensações causadas pela leitura e diferentemente da experiência da leitura do Protótipo B, senti uma necessidade de explorar a prototipação através da combinação entre imagem e som ao invés de utilizar técnicas manuais com artefatos físicos
Ao longo do texto, o autor segue dissertando a respeito das consequências da agencia humana no planeta terra nos dias atuais nos convidando a refletir sobre como chegamos à atual nova era geológica, o Antropoceno.
A partir de imagens iconográficas da bomba de Hiroshima, a criação do Protótipo C foi uma experiência pessoal inovadora no sentido de ter me motivado a aprender uma nova técnica para conseguir expressar os sentimentos através da experimentação. A ideia foi criar uma composição de imagens sincronizadas com a música Rosa de Hiroshima, fazendo analogias simbólicas com os significados em relação ao nome das bombas americanas Little Boy e Fat Man, criadas por cientistas, engenheiros e designers.
Por fim, gostaria de deixar registrado alguns pensamentos que o texto marcou na minha pele:
- Que o maior desafio do Antropoceno é sobre o que significa hoje, ser Humano;
- No final das contas, como ficar pensando e filosofando sobre Kant nos ajuda a fugir da cilada do dióxido de carbono?;
- Estudar filosofia é aprender a morrer coletivamente;
- Se quisermos aprender a viver no Antropoceno, primeiramente precisamos aprender a morrer.
E eu concluo com a seguinte pergunta/reflexão:
- O que o design tem a ver com isso?
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