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FLUIDO


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O momento é de transformação. A relação – ontem, hoje e amanhã - se emaranha em movimento ao encontro da complexidade, pois é nela que habitamos. O antagonismo perverso da linearidade não se apresenta entre as criaturas no ambiente. Logo, o design deve - antes tarde do que nunca – se inclinar para uma antologia que desloca ideias e ciclos viciosos. Considerando às concepções iniciais do design e as concepções que hoje se apresentam, nos ocorre a necessidade de uma reaproximação às curvas e fuga às arestas. Na natureza, percebemos que as linhas nunca se encontram em vértices e sempre fluem.


Promovendo um processo atencional ao contexto do meio natural, facilmente identificamos os elementos: Terra, Fogo, Água e Ar. Estes, coexistem um anulando [para] o outro? ou um complementando [com] o outro? A resolutiva, não necessariamente, pauta-se apenas em explicativas normativas. No entanto, vamos corresponder com as suas “descobertas” tomando como ponto chave apenas o elemento Água, por exemplo. Ela, a água, não é estática, se permite ser usada para diversos fins, portanto, democrática. Nesta circulação em que flui, ocorre ritmos especiais e não lineares que permitem rupturas, associações e mudanças.


A concentração se volta para os processos colaborativos, pois nestes, há potencialidades e em constante transformação. Na perspectiva sistêmica - não linear - entre seus estados físicos, a água se apresenta como mediadora entre suas mudanças de estado: fusão, vaporização, solidificação, liquefação e sublimação. Logo, o que em primeiro plano se vê linear, na verdade é carregado de vai e voltas, conferindo ao elemento, a transição entre seus extremos e promovendo um movimento de um com o outro e não um para o outro. Ainda assim, se há uma necessidade de romper de forma mais radical a linearidade deste exemplo, basta quebrar o copo de vidro e deixar ir a água. Pronto!


Colaborar! O movimento transformador em que o design se imerge, deve considerar os atos coletivizados, não anulando as ações dos diferentes atores nos processos, mas se envolvendo com eles de forma a considerar as especialidades aprendidas e apreendidas. O problema a ser resolvido está dado. Cabe a nós pensarmos em como lançar à frente, considerando as complexas tramas necessárias, fugindo de um início projetual caracterizado por dados instrucionais e de um fim projetual estritamente prático-funcional.


Protótipo produzido por Samuel Miranda, envolvendo-se com o texto: Meyer, G. A Experimentação como Espaço Ambivalente de Antecipação e Proposição de Controvérsias. Revista Estudos em Design. Rio de Janeiro: v.26/n.1, p. 29–47. 2018.

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