Facetas sem fim

O protótipo reúne fragmentos do meu aprendizado com o texto e com minha entrega em si ao processo de experimentação. 

Para iniciar o protótipo o primeiro desafio foi não planejar. Colocar os materiais à disposição, preparar o ambiente,  criar essa atmosfera experimental para só então iniciar a manipulação dos materiais e, a partir disso, criar. Foi desafiador permitir-me entregar ao fluxo, deixando que a relação entre eu, texto, materiais, e o ambiente fizesse emergir o que estava para acontecer. O processo trouxe ansiedade e inquietação, inerentes ao processo de experimentação, mas em um segundo momento, trouxe significado, prazer e satisfação.

Cada lado do protótipo é uma tentativa de explicitar as facetas subjetivas da atmosfera, condição existente somente na relação com o ambiente ao qual estamos imersos e com os materiais disponíveis. As partes inacabadas e seus pequenos rasgos representam a vulnerabilidade do processo experimental. As palavras e fragmentos do texto são uma tentativa de concretizar o aprendizado, de materializar a subjetividade do processo.

Ao final compreendo que o protótipo me apoiou na compreensão do conteúdo do texto em um nível vivencial. Conforme a manipulação dos objetos ia acontecendo  junto com o texto, que estava impresso, a execução se transformava, criando novas formas e abrindo novas possibilidades que não se findaram, apenas eu interrompi o fluxo quando senti que estava feito por ora.

O protótipo em si é a caixa, mas tudo em volta também poderia ser.