ESPAÇO DE DESENVOLVIMENTO?

Willis, A.-M. (2006). Ontological Designing: laying the ground. Design Philosophy Papers, 4 VN-re (2), 80–98.

Confesso que o segundo texto foi o mais difícil para mim... Ontologia fala sobre o ser, estar e as noções de existência. Analisando a ideia central, o texto fala a partir do olhar ontológico sobre as várias camadas internas do indivíduo designer e a influencia delas no processo do design. Vale ressaltar que a ideia do protótipo veio a partir do primeiro, achei esse frasco em casa e queria tentar utilizar ele para algum dos protótipos. Durante a leitura do texto fui produzindo meu artefato... Diferentemente do primeiro, fui fazendo de forma simultânea a leitura. Colocando diversos materiais como forma de demonstrar as camadas diversas e internas que um designer tem, fui colocando densidades, tipos, formas de vida diferentes para ver em que resultaria. Fui viajar e fiquei 1 semana fora, dessa forma, ao voltar e precisar já desenvolver o protótipo 3 me deparei com uma forma viva dentro do frasco, surgiu musgos e uma espécie de grama.

No final das contas sinto que o protótipo se fez por completo, e eu que fui impactada por ele, por ter sido produzido ao longo dos textos e das leituras sinto que ele próprio desenvolveu seu argumento. Percebi que assim como na primeira leitura, o papel do designer foi o que mais em tocou, a capacidade de mudança, de dinamismo, de decisão, de inovação, de imaginação, de criar e materializar as coisas. Existem diversas surpresas durante um processo de design que se fazem presentes a partir das diferenças e isso foi impresso no protótipo de forma natural e espontânea, Ao mesmo tempo que existam essas camadas de vida dentro de um processo dinâmico, cíclico, retroalimentado e espontâneo de design, o fato de estar dentro de um frasco e toda essa experimentação acontecer me faz pensar, o design parte de dentro de nós ou nós interiorizamos ele de forma a prende-lo?