Design, Protótipos e Viagens
- cristaleo
- 8 de set. de 2021
- 1 min de leitura
Atualizado: 9 de set. de 2021
Uma pandemia. Duas famílias que se encontram após mais de 1 ano sem se verem. Um Mestrado em Design. Uma casa colonial em Monte Belo do Sul, chove. Uma filha devota das artes. Um texto. Protótipos a serem feitos. Uma expectativa de protótipos. Constelação de lápis, canetas, borracha, estojo, giz de cera, pincel, tinta. Tempo, pouco tempo. Conciliar mestrado, família, trabalho. Os pêndulos de tudo, dar conta de tudo, ser mãe. A expectativa de desenhar, a realidade do desenho. Uma lapiseira que não funciona (quando funcionam?) me leva a um giz de cera. Poucas cores, me levam aos lápis de cor. Velas, caminhos transparentes que ligam todos estes artefatos criados por designers antes de mim, que limitam as minhas escolhas. Uns poucos materiais que consigo angariar ao meu redor. Uma janela que se abre para o lá fora, faz parte deste meu contexto. Fotografo. A luz filtrada pela janela, pelas nuvens, se mistura à luz fria da lâmpada fluorescente. Movimento pendular entre estudar e trabalhar, estudar e maternar, estudar e viver. Essa ambivalência que habita em mim: cada segundo negociado por diferentes expectativas, resultando sempre em mais controvérsias.
A pergunta que grita o protótipo para mim: quem tu és? Quanto de ti colocas em cada coisa que fazes? Como cada parte do teu ser (tuas escolhas, tua família, tuas coisas, teus projetos, teus sonhos, tua empresa, teus bens, teus artefatos) te libertam e te restringem, expressam o que tu és e velam o que tu és?
Fotografia e protótipo by Cristina Leonhardt.
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