dentro é fora. fora é dentro.

Construímos o mundo e somos construído por ele. O que construímos até aqui nos trouxe até onde estamos. Não é possível desconstruir. não de fato, pois resquícios sempre ficarão, sejam nas marcas físicas, ou no repertório dos seres. Podemos sim ressignificar e regenerar a partir da perspectiva de que temos escolhas, e fazemos escolhas.

Gosto de estudar Futuros, com "s" mesmo. Pois não há só um, e sim possibilidades. Alguns futuros são mais prováveis, e outra podem ser preferidos. Construir futuros é uma ação do presente influenciada pelo repertório dos passados, com "s" também. Passado em verdade é só um, mas nossa interpretação os torna plural.

O protótipo parte da intenção de questionar "e se?". Esta é uma perspectiva de letramento de futuros, mas que pode ser aplicado ao passado. E se tivéssemos construído diferente? Como as coisas seriam? É difícil responder, mas exercitar essa reflexão abre possibilidades.

Construímos o mundo a partir da combinação das diversas perspectivas de todos os "seres". O resultado é complexo, e pode ser interpretado com um olhar no todo, e ao mesmo tempo nas partes. No entanto, um certo tipo de entendimento de como são as coisas, é uma espécie de contrato do inconsciente coletivo que, por exemplo, nos faz pensar que o mundo está lá fora, quando na verdade abdicamos de estar dentro dele.

Sugestão de música para refletir sobre:

Protótipo e Reflexões baseadas no artigo: WILLIS, A.-M. (2006). Ontological Designing: laying the ground. Design Philosophy Papers, 4 VN-re (2), 80-89.