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Delay




Delay é, essencialmente, um atraso. Uma diferença de tempo entre a emissão e o recebimento de uma informação. Mas delay também é um equipamento ou um efeito sonoro artificial comumente utilizado na música ocidental, capaz de manipular o intervalo dos atrasos, o número de repetições e a sua duração em uma performance de voz, de instrumentos musicais ou de qualquer outro elemento. Esteticamente, pode soar como uma repetição, uma reverberação ou um eco - dando textura e profundidade ao som.


E é por meio da extrapolação da aplicação de delay em uma linha de baixo, que sublinho a circularidade característica ao design ontológico. Para Willis, nessa perspectiva, é inevitável uma relação circular, dialógica, entre designer-artefato e artefato-designer. Ou seja, a medida que o designer projeta para o mundo, o mundo também projeta para o designer. Ao passo que o designer modifica o mundo, o mundo o modifica de volta: seus entendimentos e suas interpretações; suas relações.


No protótipo, as configurações sonoras do delay são exageradas para que a retroalimentação crie uma massa sonora, onde já não é mais possível discernir o que o performer executa e o efeito artificial devolve. Neste movimento duplo, a medida que o performer age, o delay age em conjunto.


Em uma massa sonora grave, o que resta ali é um emaranhado de frequências e uma pulsação frequente.

Isso é o que sabemos sobre um tempo de resposta longo de um delay. Mas e o designer, também pode ser submerso em uma massa de artificialidades no mundo?


Protótipo B.


Baseado no artigo de WILLIS, A.-M. (2006). Ontological Designing: laying the ground. Design Philosophy Papers, 4 VN-re (2), 80-89.




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