"being-in-the-world is inevitably circular"
- nataligarcia68
- 11 de set. de 2021
- 2 min de leitura
por Natalí Garcia


Esse protótipo foi o mais rápido e ao mesmo o mais demorado que já fiz. Começou hoje, e ao mesmo tempo, há muitos meses atrás (quando, em meio a pandemia, resolvi começar a compostar).
A compostagem de resíduos orgânicos produz húmus, adubo e fertilizante líquido. Estes não são os produtos “finais”, porque essa palavra simplesmente não faz sentido na circularidade dos sistemas vivos biológicos - onde o resíduo de um sistema é o insumo de outro.
A natureza é sábia em seus processos de sustentação da vida. O design ontológico orientado à uma visão ecológica do mundo deve projetar dispositivos e estilos de vida de maneira a não prejudicar a inerente habilidade da natureza de sustentar a vida.
Embora não pareça, este protótipo tem relação com o anterior, pois também conjuga Vida e Morte, e a tensão existente na teia e rizoma da realidade. Mas abandona o discurso das dicotomias para falar da circularidade coevolutiva, que é, ao mesmo tempo, celebração de vida!
“Se não for ajudar, pelo menos, não atrapalha!” - diz a trabalhadora minhoca. É isso! Somos parte da natureza e deveríamos agir como mais um membro desta comunidade biótica. Se não formos ajudar, pelo menos, não atrapalhemos o sistema terrestre com a nossa vaidade e a nossa ignorância.
Os talheres não são o melhor exemplo de "natural design", porém, ao menos, essa faca foi projetada não apenas para permitir que o usuário corte, mas também foi projetada para gerar um menor impacto no meio ambiente. É longe de ser um bom exemplo de design ontológico orientado ao ecológico, mas já se preocupa com esse desafio, e ao menos, promove uma conscientização sobre tais questões.
A compostagem e agroecologia urbana são uma excelente ferramenta de educação ecológica e o meu protótipo (um tanto artístico) busca evidenciar tais materiais e processualidades onde, o sistema como um todo, é o protagonista!
Making-off:
PS: Nenhuma minhoca morreu durante essas gravações.
A partir da leitura de: "Ontological Designing — laying the ground. Anne-Marie Willis"
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