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Artefatos inovadores e cool. Essa é a melhor resposta para os desafios planetários atuais?



Quando pensamos design, geralmente, a 1ª coisa que nos vem a cabeça é um produto, um artefato. Algo que venha para atender a uma demanda, seja ela estética ou funcional. Contudo, por mais que este entendimento ainda esteja muito presente neste século, o século XXI nos traz outro entendimento para o design, o design de natureza social, imaterial.

O século XXI apresenta desafios que ainda não estamos preparados para viver. No entanto, alguns artefatos já parecem estar sendo prototipados para atender uma realidade dramática que poderemos viver em breve, caso um bom design social não seja pensando e executado a tempo.

Qual protótipo escolhemos trabalhar? Artefatos que nos atendam em um mundo sem oxigênio, sem disponibilidade acessível de água potável, sem comida? Ou revemos nosso modus operandis atual e redesenhamos nosso viver na Terra, recuperando aquilo que estamos destruindo? Tanto no aspecto ecológico, que sustenta a vida na Terra, como no aspecto social, nossa comunidade humana.

Qual design irá prevalecer? Artefatos de última geração como mochilas fashions de oxigênio? Máquinas, produtos e artefatos high techs para exibir para os amigos e para a sociedade o produto de última geração que você ‘já tem’.

Esse é o paradigma da nossa cultura atual. Consumir e se mostrar antenado à última tendência do momento. Mesmo que essa tendência seja um produto desenhado para atender nossos “últimos momentos na Terra”.

Essa é a melhor resposta para os desafios planetários atuais?

Inovação e cool é viver em um novo paradigma onde os protótipos sejam imateriais. Um paradigma onde sejam prototipadas ideias e soluções para um design de regeneração cultural. Onde o plantar árvore, ao invés de derrubá-la ou queimá-la seja nossa maior inovação. É preciso prototipar soluções que saiam de um conceito linear e mecanicista, para uma visão de mundo holístico e complexo.

Prototipar um novo paradigma econômico. Um paradigma onde recusar comprar um produto cool, seja mais cool do que comprá-lo. Onde uma mochila de oxigênio assuste tanto, que faça as pessoas olharem para os perigos latentes e atuais que nosso planeta enfrenta. E ao invés de desejar uma, como um novo artefato, que aja para que esse produto nunca precise virar realidade. Seja apenas um protótipo de alerta.


Reflexões a partir do texto: A experimentação como espaço ambivalente de antecipação e proposição de controvérsias - Guilherme Englert Corrêa Meyer

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