A Teoria do Bife de Fígado
- katsutoshifr
- 16 de set. de 2021
- 2 min de leitura



Nunca tinha feito um bife de fígado. Já achei nojento, e também já tinha consumido algumas vezes. Bem preparados, mal preparados e medianos. Decidi preparar pela primeira vez durante a leitura do artigo Ontological Designing: laying the ground (Willis, 2006).
Por que o bife de fígado?
Inicialmente, sem um objetivo muito claro e aparente, mas com algumas possibilidades de cenários e ligações em mente. O protótipo, a experimentação, o objeto ou o não-objeto tenta ligar uma série de sensações, sentimentos, experiências e qualquer outro adjetivo que colabore para a compreensão da vida e o viver do ser humano.
Acredito que as imagens devam trazer sentimentos diversos, a depender da vivência de cada pessoa. Se a pessoa gosta, não gosta, não come, acha repulsivo, agressivo, e/ou qualquer outro sentimento (qualquer mesmo).
Talvez, quando criança, poderia achar nojento, repulsivo, o simples fato de pensar em comer um bife de fígado.
Talvez, ter um bife de fígado para comer seja a única refeição que eu tenha em dias.
Talvez, comer carne de um animal seja antiético e imoral para meu estilo de vida.
Talvez, eu adore bife de fígado. Seja meu alimento favorito.
Talvez, a representação de sangue de um animal morto e esquartejado me passe um sentimento de poder e dominância.
Talvez, não seja nada disso. Ou que seja tudo isso.
(In) Conclusões
O design é artefato do designer tão quanto o designer é artefato do design. O mundo é artefato do design tão quanto o design é artefato do mundo. O designer é artefato do mundo tão quanto o mundo é artefato do designer.
O que me permite, hoje, comprar um bife de fígado no mercado, pode se tornar justamente o que me impença de consumir qualquer tipo de carne no futuro.
Referências
Meyer, G. E. C. (2018). A experimentação como espaço ambivalente de antecipação e proposição de controvérsias. Estudos em Design, 26(1), 47.
Willis, A.-M. (2006). Ontological Designing: laying the ground. Design Philosophy Papers, 4 VN-re (2), 80–98.
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