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A dobradiça e a luz

Aluna: Alice Sukiennik



A partir da leitura do texto "A experimentação como espaço ambivalente de antecipação e proposição de controvérsias", o presente protótipo buscou colocar luz nos questionamentos que ecoaram em mente a partir da leitura, dentre outras, da seguinte passagem:


"Examinemos rapidamente um desses artefatos comuns, a dobradiça. Consideremos que seu funcionamento cotidiano ocorra sem intempéries. Que sua utilização seja tão fluída que o artefato passe despercebido pelas pessoas que se relacionam com ele. Seus mecanismos, componentes, funções e propriedades são acionadas pelas pessoas como que automaticamente, sem que elas tomem consciência explicita de tal acionamento. Nessa dinâmica de relação fluida, os aspectos do artefato estão invisíveis, despercebidos, são elementos neutros da subordinação quieta que oferecem."


De fato, todos os dias abrimos e fechamos diversas portas e janelas quase que automaticamente, e para que isso ocorra a dobradiça é um elemento fundamental. Em um apartamento pequeno fomos capazes de fotografar inúmeras delas, antes invisíveis e despercebidas. No entanto, no momento em que percebemos uma delas, as outras dobradiças da casa saltaram aos olhos e começaram a chamar ainda mais atenção e se envolver no nosso fluxo reflexivo.


Como o texto sugere, quando pensamos em artefatos de forma isolada o componente social se extingue, perdendo sua capacidade de conexão. Já quando compreendemos os artefatos em curso, associado a outros atores e ações, a carga social se desperta.


Nesse sentido, o protótipo reflete que apesar da dobradiça antes ser alheia conscientemente para a proponente, a luz do dia sempre foi relevante para a sua rotina. O ato de abrir uma janela, seguido de outras ações, entram em um curso capaz de afetar beneficamente o humor e a energia de uma pessoa. Ou seja, absorvendo que quando pensada de forma sistêmica, existe um beneficio inclusive emocional que o objeto gera.


Além da sequência meditada ao longo da leitura e representada pelo vídeo, a dobradiça também ganhou seu papel social no ato da prototipagem, sendo encarada como um personagem central para a nossa divagação. E, em cada rede que se cria com ela, consequentemente se entende um novo papel social para a mesma.


Referência:


Meyer, G. A Experimentação como Espaço Ambivalente de Antecipação e Proposição de Controvérsias. Revista Estudos em Design. Rio de Janeiro: v.26/n.1, p. 29-47.2018.





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