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Se prototipação leva em conta um tempo e um espaço de experimentação (ou de negociação), é possível encontrar um interminável conflito entre o presente insatisfatório e o futuro desejado. O designer, nesse local, é um 1NC0NF0RM4D0 que deseja sair desse lugar – explorando outros espaços, coletando novas percepções, abandonando velhas certezas assumidas no passado. O entorno é um espaço que dialoga e transforma esse ator, ou melhor esse – D3S15N3R 470R 4T1V0 – em qualquer situação vivenciada por ele, afinal, ele próprio modifica-se quando em contato com aquilo que está sendo – 0U J4 F01 – materializado.

Assim o protótipo proposto apresenta D01S LU54R3S distintos ocupados pelo D3S15N3R 470R 4T1V0 nos momentos da aula, um de partida, outro de conflito. O de partida, se apreciado através dos movimentos de identificação, tradução da identidade e interesses, apresenta uma estadia provisória em um espaço emprestado, sólido, incapaz de mutação e apaixonado pelo passado. Travado em um espaço e em um tempo, esse 3SP4Ç0 3 1NC0M0D0 P4R4 D3S15N3RS. O espaço de conflito, por sua vez, é um espaço que, ainda passível de identificação, tradução de identidade e interesses, avança para a construção e experimentação, em que é reajustado para expressar um novo movimento: a expansão do conhecimento travado por conflito(s) legítimo(s).

O espaço de conflito e experimentação se torna um campo de inconformidades entre os artefatos presentes no espaço de partida e das dinâmicas sociais lá estabelecidas: praia, memórias, passado, brinquedos, identidade, paixão, etc. É no espaço de conflito que acontece o grito de libertação para um futuro imediatamente desejado, usando o protótipo como mediador dos conflitos previamente vividos, por meio do D3S15N3R 470R 4T1V0.

Se o protótipo é força que transforma – P4R4 0 FU7UR0 – ele também pode ser entendido como uma ação que, em algum momento, passará a ser passado. Ele serve como trampolim para o que virá, mas é vítima do seu tempo e espaço – se apresentando apenas como um processo que auxilia o D3S15N3R 1NC0NF0RM4D0. Assim esse protótipo deve ser um processo inesgotável, sempre ressuscitado quando necessário para revisar todos os resultados oferecidos a partir dele. O D3S15N3R 1NC0NF0RM4D0 pode estar sempre fugindo para o futuro, ou pelo menos, saindo do lugar.

Cabe ao bom designer sempre lembrar: 0 FU7UR0 N4O D3M0R4. M3LH0R S41R D3SS3 LU54R.

L3R 3SCUT4ND0:https://open.spotify.com/album/195RDcBkD9dUqWBO75eCgQ

Inquietude baseada no texto: Meyer, G. A Experimentação como Espaço Ambivalente de Antecipação e Proposição de Controvérsias. Revista Estudos em Design. Rio de Janeiro: v.26/n.1, p. 29–47. 2018.