Meu corpo como experimento

O designer projeta o mundo, ao mesmo tempo que por ele é projetado. Está no mundo, com o mundo e com os outros (humanos e não humanos), confinado ao espaço e limitado por aquilo que o cerca. Eu, designer situada no aqui e no agora, uso meu corpo como experimento. Meus movimentos são restringidos por quatro paredes e pelos não humanos que me fazem companhia na solidão do meu quarto. Na tentativa de captar meus passos, meu andar se modifica, se descompassa. Se reduz, ao mesmo tempo que se amplia: vira mais do que meus passos. Eu que pensava projetar, sou projetada.

Referência:

Willis, A.-M. (2006). Ontological Designing: laying the ground. Design Philosophy Papers, 4 VN-re (2), 80–98